terça-feira, 16 de novembro de 2010
Sarau
19:22 | Postado por
Natanael Adiwardana |
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“Um ambiente de luta
Em jogos lúgubres de luz
Sobre um asfalto quente
E uma gota de tinta no cinza.
Olhos visam o nada
Cabeças se curvam à flor
Ouvidos são os únicos de pé
Cerrando o saudoso Poeta.”
Natanael S. Adiwardana
17/11/2010
Não costumo explicar poemas, até porque o clichê é fazer obras atemporais. Mas acredito que a arte é criada para expressar o que sentimos. E o que eu sinto não é atemporal, mas exatamente cada sensação trazida a cada momento e, logo, não poderia atrever-me a extendê-lo por mais do que o instante em que esses verbos me inspiraram.
Fiz esse poema durante a reunião para decidir o nome da futura chapa para o CAPS (Centro Acadêmico Pirajá da Silva) da minha faculdade. Achei incrível a expressão de atenção, comoção, angústia, reflexão e tantos outros sentimentos colidindo nas pessoas que comporão a futura gestão. Cada um com a mesma cabeça baixa enquanto a Kaipora lia o poema de Drummond, mas claramente cada um com sentimentos diferentes que expressavam a mesma coisa: ansiedade. Finalmente, o poema não nomeou a chapa, mas marcou seu caráter. E afirmou seu nome: Vox.
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