sexta-feira, 25 de setembro de 2015


"Quando se esforça demais
para que as linhas sejam preenchidas
talvez seja melhor apenas rabiscá-las.
Sem pretensões,
Sem tensões.
Tampouco eu
tenso.
Não lhes tenho
Nem pertenço.
Livre
Livro
Li.
Lido
Como lidei
Sem querer,
Escrevi o que quis.
Com ou sem
licença,
da poesia.
Li
incenso.
Licença
ao poeta,
É a ciência
deste,
a Poética."

NSA 25092015
sábado, 8 de março de 2014
Mentiras
e farsas
no medo
de não haver
aparências
para julgar.
O bruto,
dilapidado,
de lápide,
de lápis,
lazúli e jade
Fúnebres
a coroar.
O que nega
o negro,
aos negócios
abnego.
Me nego
me negro,
nego a mente.
Límpida mente
tuas nítidas
vidraças
apenas
mentem
Nitidamente.

Olhos que querem gritar
não se deixem fechar.
Coloquem em suas mãos
a coroa,
o seu lugar.

NSA 08/03/2014



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Inquietas

Inquietas

Quanto tempo continuarei
perguntando
Sobre o tempo?
Prefiro que tenha algo a mais
para escrever
e pensar
do que apenas lamúrias.
de suas faltas de aquisições
pelo medo
ou preguiça.
Um pouco mais de humanidade
desumana
nisso tudo
que não sei fazer
melhor que eu.
A imperfeição que falta
nas redomas que não suportam,
afogam,
os que me olham
- e meu espelho,
em mim.

Quem me dera?
'Vamos simplesmente
ser um pouco melhores
do que nos tornamos
E assim seremos muito mais.'
Me dará?
Quem?
Daria? Dario?
Nem dou,
soou,
sou
ninguém.

Seria bom
ser menos do que me cobro
e do que vêem em mim
Pois o fardo é longo e pesado demais
Não sei se aguentarei.
Pergunta-me se estou bem
e lhe responderei.
Mas não espere entender
o que eu tampouco,
(Louco!)
Tampo o trampo
Esqueço tanto.
Não me lêem,
não me vê.

Agradeço a esta epifania
de fim de noite
Por libertar essas palavras ansiosas
que me atormentavam
Elas odeiam minha voz,
mas ainda mais,
meu silêncio.

N.S.A
(04.01.14 - alt 17.01.14)
terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pedido


Ela pediu
Um jarro cheio d’água
Para derramar sobre si
Num banho fresco
Toques sem igual

Ela pediu
De longe
Um sopro em sua nuca
Para afagar suas mechas
morenas,
Morena.

Ela pediu
Sussurro em sua orelha
Cantado em dó ré mi
Para esnobar o silêncio
Sem sol, e Sol

Ela pediu
Colo pra suas madeixas
Letras voadas e retas
Pra o arrepio ficar.

NSA 12112013
domingo, 10 de novembro de 2013

Amor à venda


  Corpos, seios
  Vitrines, membros
  Tudo disponível
  Tudo tem preço.

  Prazer, sou um nome
  Escolha o sabor
  A cor
  Meu cheiro
  Com prazer, com dor
  Compras
  Compraz?

  Quanto tempo
  Tem tua pele
  Para sentir?
  Teus olhos
  Para atravessar?

  Suas brocas são invisíveis
  Não me atravessam
  Por trás do luxo
  De suas lentes de cor
  E da sua liberdade
  Vazia
  Sua janela
  Está trancada.
  A gaiola
  Da tua alma
  Nesta venda
  Paga à vista.

  Investe
  Em vestes
  em autos
  preços altos
  Autonomia
  Em sobreviver
  E em auto
  Só.

  Este autismo
  Mania
  Do auto
  De mim
  Ser
  Eu
  Indivíduo
  Individual apenas.
  Num mundo espelhado
  Vidraça escarrada
  De vontade própria
  Sem amor próprio
  Sem amor.
  Amor.

  Quando o amor virou objeto,
  puras letras e poesias frias,
  ilusões de sensações sem vida,
  sexo de mentira em banheiras de cristal líquido
  e olhares rasos
  sem mistério?

  NSA 10112014





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