sábado, 29 de setembro de 2012

In[em]vento : reinauguração

Aproveitando a 'reinauguração' do VagoSentido, agora no Facebook, vamos repostar aos poucos os textos mais antigos (juntamente às novas produções, é claro). Aproveite os momentos 'retrôs' e mate saudades (ou raiva, ou risos). Boa estadia!



"Bem-vindo(a) ao meu pequeno espaço de "déjà vu's", lembranças, variações e devaneios. Você pode estar aqui por curiosidade, busca de novos estilos, busca por conteúdo ou até mesmo tédio. Que bom que posso ajudar-lhe (me) a sentir-se (me) melhor. Aproveite a estadia!

Para começar nossas viagens...



Em o Vento do In vento

CRIEI MEU TEMPO PRA CRIAR E GASTAR MINHA MENTE [neste] IN[em]VENTO

Já faz tempo que não invento,
Um tempo pra ser em vento.
Ter tempo pra criar invento,
E me jogar neste ser em vento.

Em vento que sou, me jogo,
E invento o abstrato do meio,
Criando experiências invento,
E resumo este tempo em vento.

Entende o vento do invento?
Só o vento inventa o invento,
Pois liberta a mente ao vento,
E me liga aos meus sentimentos.


Natanael S. Adiwardana [21/11/06]"
sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Preciso



Às vezes
só preciso falar
Sobre tanto
e tudo.

Mas de tanto tudo
que falo,
Há tão pouco
que preciso.

Precioso
tanto,
Pouco
preciso.

N.S.A.
28092012


domingo, 23 de setembro de 2012

Quando decidi amar




Quando decidi amar
Resolvi esquecer o que aprendi
Sobre dor, frieza e histórias tristes

Me jogar em meio aos medos, crimes
Na certeza de que só o incerto saberá
a história que nem sempre acaba bem

Quando decidi amar

Ousei pular
para sentir inveja dos pássaros
E antes que o céu se acabasse
E o chão novamente encontrasse
Sentir no segundo eterno
o que decidi amar.

Mas agora
Encontrei o chão.

Sem paraquedas.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Homenagem


Quão fácil seria oferecer honras ou o pódio a quem ganhou uma competição. Colocar quem venceu acima dos outros e de si próprio é a forma mais comum de reconhecimento do mérito e da conquista. Traz sabores de conforto para estes que se esforçaram por subir ao topo. É fruto da vontade de sobreviver, a distinção entre o melhor e o resto que se torna natural, levando muitos a dispender esforços descomunais na busca de superar outros competidores e a si próprio constantemente.

Uma outra forma de reconhecimento, porém, também merece uma reflexão. O reconhecimento que não vem do desejo instintivo por ultrapassar os demais para permanecer vivo, mas do esforço em capacitar e educar para que outros alcancem seu mesmo mérito e distinção, tornando-os não superiores, mas iguais a si e aos demais. Lutar para que todos possam subir ao palco sob a mesma luz dos holofotes é um mérito que não permite permanecer sobre o degrau estreito de um pódio. Pelo contrário, é antinatural, invertendo as prioridades de sobrevivência. É a superação do simples ser para expressar o mais genuíno sentimento do alguém humano. Não se caracteriza pelo individualismo nem pelo altruísmo, mas pela consciência da necessidade de alimentar ideologias e sonhos, na esperança de superar uma lógica exclusivista para que todos tenham o mesmo direito. A partir daí, a homenagem torna-se não o louvor à sobrevivência, mas as boas-vindas àquele que, mais do que todos, sendo como todos, tornou-se digno de todos.
terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sala de Espera


Um burburinho nasce junto ao sol. São histórias, falas, pressas e manias diferentes, todas comungando naquela madrugada não totalmente póstuma. A mãe de licença, o senhor cansado.
É ano de eleição. Fofocas e opiniões se revezam entre gargalhadas e birras dos bebês no colo de suas mães. O garoto cansado senta à porta do banheiro público sem se importar com o tráfego. E o painel luminoso dita vagarosamente o ritmo do dia.
Amostra de sangue, urina, fezes? Só quando o atendente chamar. Mas não antes dos idosos, gestantes e mães com criança de colo. Ainda há muitos chamados para se ouvir, paciências para testar, histórias para contar.

Eu.

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