quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pródigo


Pródigo


Quanto pagarei
pelo abraço não dado?
Histórias não ouvidas
Impaciências explícitas?

Teus rostos
Sorrisos serenos
Escondem a dor do meu desprezo.

Ainda que lhes pise
fazem-se loucos e insensatos
e plantam 'te amamos'.

Cultivam calados
a flor amarga
e sem fruto
De sua eventração podre.

Ingrata,
inerte,
apática
Ainda que se enoje
de suas próprias palavras mal-cheirosas

Não deixou
de ser
Flor ingrata.

Rosa sangrenta
que arranha corações,
despreza olhares
e faz-se falsa.

Sou
verdadeira
crueldade
cruel
crueza
crú
Cú.

Preciso pedir
perdão
Sem palavras
Com os olhos,
mãos e ouvir.

Deixar de querer
ser tanta flor
Para apreciar
tantos outros
Perfumes.


N.S.A. 30.03.2013

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